Boletim Informativo Covid/Ufes 27

Boletim quinzenal elaborado pelo Comitê Operativo de Emergência para o Coronavírus da Universidade Federal do Espírito Santo (COE-Ufes) – nº 27

O boletim do Coe agora é apresentado em HTML para oferecer mais acessibilidade e recursos de visualização dos dados. Aqui, você encontra uma síntise do panorama epidemiológico da covid-19 no Espírito Santo direcionada principalmente à comunidade da Ufes, de acordo com a Resolução nº 20/2021 (Conselho de Ensino e Pesquisa e Extensão - Cepe).

 

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA COVID-19 ATÉ 8 DE MARÇO DE 2022

Nas duas últimas semanas, os indicadores monitorados pelas autoridades sanitárias confirmaram a tendência já apontada pelo COE/Ufes de declínio de novos casos de contaminação pelo vírus SARS-coV-2 e de óbitos decorrentes da covid-19. Os gráficos apresentados a seguir demonstram uma situação epidemiológica bem mais favorável do que a verificada nos meses de janeiro e fevereiro, quando se registrou mais uma onda da pandemia.

Os indicadores referentes aos casos confirmados de covid-19 e ao número de óbitos (ítens 1, 2 e 3) apontam uma queda sustentada. Tal situação mantém a taxa de ocupação dos leitos destinados à covid-19, no Espírito Santo, em nível moderado (ítem 3), sem ultrapassar o limite considerado de risco e sendo possível a ampliação.

O valor considerado adequado para a taxa de transmissão (Rt) da doença é abaixo de 1. No ítem 4, os números encontram-se abaixo do limite do valor de referência, confirmando a queda da transmissão da doença em todo o estado no mês de fevereiro de 2022. Esse comportamento de menor incidência do vírus ocorre mesmo com mudanças importantes, como a reabertura das escolas com total presencialidade, bem como o funcionamento pleno das atividades comerciais e de serviços. Tal situação, favoreceu a mudança do mapa de gestão de risco no ES (ítem 5) para uma situação melhor do que a anterior.

É importante assinalar que a pandemia tem assumido faces diferentes em seu processo de evolução, o que pode ser observado com mais clareza quando ocorrem picos de contágio em razão do surgimento de novas variantes do coronavírus ou mesmo de alterações comportamentais que resultam em menor grau de proteção. O incentivo à testagem, que se fortaleceu nos últimos meses, com a abertura de novos postos de atendimento e a oferta do “teste rápido” (antígeno), além do teste molecular (Rt PCR). Essa é uma importante medida de aperfeiçoamento do monitoramento da covid-19, e que ainda gera dados mais robustos e até então inexistentes, favorecendo uma visualização mais acurada da circulação do vírus.

Um fator que proporciona mudanças na configuração da pandemia é o avanço do processo de vacinação (ítem 6), um recurso de inegável valor na promoção da saúde e na proteção contra o vírus. Hoje o Esopírito Santo se apresenta como um Estado com grau de vacinação avançado, alcançando mais de 70% da população. Ainda assim, é necessário continuar incentivando a vacinação para que alcancemos índices ainda melhores.

Recomendação

Tendo em vista os dados epidemiológicos avaliados e as particularidades sociais e geográficas do Brasil, do Espírito Santo e dos locais onde a Ufes atua, o COE-Ufes RECOMENDA à gestão, em 8 de março de 2022, manter a Fase 3 do Plano de Contingência da Ufes, com a retomada do retorno seguro e gradual da comunidade acadêmica no período letivo 2021/2. Recomenda também, considerando a evolução da situação epidemiológica atual, com a manutenção de queda dos indicadores, a adoção da Fase 4 no próximo período letivo (2022/1). Por fim, recomenda o reforço das medidas de precaução contra a covid-19, o incentivo à vacinação completa da comunidade acadêmica e a ampliação do monitoramento e da testagem dos membros dessa comunidade. 

Seguem os principais dados que consubstanciam a análise e o parecer do COE/Ufes

1) Número de casos confirmados, de óbitos e de curados de covid-19 no mundo, no Brasil e no Espírito Santo até 8 de março de 2022

  Confirmados Óbitos Curados
Mundo 428 milhões 6,01 milhões -------
Brasil 29,1 milhões 653 mil --------
ES 1 milhão 14 mil 950 mil

 

2) Evolução de casos confirmados da covid-19 desde o início da pandemia até março de 2022, no Espírito Santo

  

3) Ocupação de Leitos

O número de leitos destinados à covid-19 alcançam 365 atualmente, sendo 231 de UTI (com taxa de eocupação de 42%) e 134 de enfermaria (com taxa de eocupação de 52,24%). Trata-se de uma taxa de ocupação de leitos de nível moderado, sem ultrapassar o limite considerado de risco, e sendo possível a ampliação.

4) Taxa de Rt

Região  
Grande Vitória 0,59
Metropolitana 0,73
Sul 0,88
Noroeste 0,47

 

5) Mapa de gestão de risco

O mapa de gestão de risco, atualizado no dia 11/03/2022 pelo Governo do Estado, apresenta a maior parte dos municípios em risco baixo (em verde), restabelece as áreas de classificação de risco baixìssimo (azul), que haviam sido eliminadas na última onda da pandemia, e mantém apenas um municípios em risco moderado (amarelo).  

6) Vacinação

A vacinação prossegue no Espírito Santo, registrando mais de 73% da população vacinada com com o esquema completo, duas doses ou dose única. Veja os gráficos dinâmicos clicando na imagem

7) Informações adicionais:

Os gráficos e tabelas têm como fonte a Sesa/ES, MS e OMS, acesso em: 8 mar. 2022. 

O COE, órgão consultivo da Ufes, observa, em suas recomendações, a orientação da OMS (2020) de que as análises dos indicadores sejam feitas com intervalos de duas a três semanas, para se assegurar de que as mudanças foram consistentes ou se ocorreram apenas oscilações temporárias. Nessa análise, deve- -se considerar o comportamento da doença internacional, nacional e regionalmente, focalizando especialmente os seguintes indicadores: a) número de casos identificados, b) número de óbitos, c) taxa de transmissão (Rt) e d) número de leitos de Centro de Terapia Intensiva (CTI) e de enfermaria disponíveis para avaliar a capacidade dos serviços de saúde em atender à demanda de pacientes diagnosticados com a doença. Com o aumento progressivo do percentual da população vacinada e com a ampliação das atividades sociais, as variáveis que estão sendo mais evidenciadas são a taxa de transmissão do vírus, o grau de letalidade e a taxa de ocupação de leitos. 

 

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